Postar ou não postar como me sinto na internet?Eis a questão!
Sabe aquela fase que você acaba de sair de um relacionamento e está tentando se convencer de que foi bem melhor assim?No primeiro fim de semana de bad,decide tirar um tempinho só pra você.Assistir alguma comédia romântica legal ou comprar ingredientes para fazer o melhor brigadeiro do mundo.Com o fone de ouvido e a sua música predileta tocando sem parar,tudo parece mais calmo e tranquilo.Até que até que a tela do celular acende,anunciando que existe, novas notificações nas redes sociais.Enquanto você desliza o dedo na tela,o coração vai batendo mais rápido.É uma mistura bizarra de medo e curiosidade.Quer saber onde ele está,com quem está ou sei lá,se postou alguma indireta para você.Bom,o fim mais provável dessa história,todo mundo já sabe,né?
Você volta do "stalkcídio" ainda mais chateada,óbvio.Seja porque ele foi a alguma festa e tirou fotos com outras garotas ou,seja porque todos os amigos com quem vocês dois passaram os melhores momentos como casal,bem,eles decidiram ficar ao lado dele.Enquanto ele aparenta estar curtindo a vida por aí,você acompanha tudo pelas redes sociais e,no seu perfil,tenta provar para todo mundo com frases prontas que não dá a mínima pra isso.Já viu essa história antes?Eu também.E o pior:cada vez mais.
Algumas pessoas sempre foram mais carentes que as outras,eu sei,mas,com a popularização das redes sociais,percebi que a galera anda se expondo demais e isso só torna o processo de superar alguém e aceitar as mudanças ainda mais complicado.`´E que,quando a gente tenta provar coisas para as pessoas,coisas que ainda nem conseguimos provar para nós mesmos,nossa vida parece uma grande mentira.Como se as máscaras não nos deixassem ver quem nós realmente somos,
Sei que,às vezes,essa chuva de updates da vida alheia acaba jogando na nossa carra que o mundo inteiro está se divertindo,menos a gente.Mas tudo bem lamentar nas redes e fazer o mesmo que o resto das pessoas de vez em quando.Ouvi dizer que faz bem para alma e para o coração.
Bruna Vieira
Texto retirado da Revista Capricho edição nº1184.19/setembro/2013
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